Afirma o Diretório Geral para a Catequese que “a vocação do leigo à catequese tem origem no sacramento do Baptismo e fortalece-se pela Confirmação, sacramentos mediante os quais ele participa do « ministério sacerdotal, profético e real » de Cristo. Além da vocação comum ao apostolado, alguns leigos sentem-se chamados interiormente por Deus, a assumirem a tarefa de catequistas. A Igreja suscita e distingue esta vocação divina, e confere a missão de catequizar. Dessa forma, o Senhor Jesus convida homens e mulheres, de uma maneira especial, a segui-Lo, mestre e formador dos discípulos. Este chamado pessoal de Jesus Cristo e a relação com Ele são o verdadeiro motor da acção do catequista. « É deste conhecimento amoroso de Cristo que jorra o desejo de anunciá-Lo, de « evangelizar », e de levar outros ao « sim » da fé em Jesus Cristo “(DGC 231).
Ser catequista é uma vocação! É um chamamento da parte de Deus para uma missão. O catequista, ao sentir esse chamamento verifica que necessita compreender melhor seu trabalho missionário.
Sentir-se chamado a ser catequista e a receber da Igreja a missão para fazê-lo pode adquirir, de facto, diversos graus de dedicação, segundo as características de cada um.
Há muitas formas de exercer o ministério catequético, mas independente delas, o catequista deve esforçar-se para desenvolver em si as seguintes características:
SER CATEQUISTA | |||
Ser | Saber | Fazer | Conviver |
Vocação: Sou chamado a servir | Sou discípulo e devo aprender com Jesus | Sou enviado pela Igreja, em missão | Devo formar comunidade fraterna |
3. O Catequista é discípulo de Jesus
O catequista é um instrumento vivo, através do qual Deus se comunica com os homens; é um educador da fé e não um mero repetidor de uma doutrina; é um transmissor do Evangelho com a própria vida, seguindo o conteúdo, o estilo, os critérios e os métodos de Jesus, aprendendo a ter os seus mesmos sentimentos (cf. Fl 2, 5-11).
Então, o CATEQUISTA é um homem ou uma mulher, escolhido (a) por Deus, através da sua Igreja, e por ela encarregado (a), para ser um sinal-instrumento eficaz para transmitir, com a própria vida e pela Palavra, a Boa Nova do Reino Deus que aconteceu em Jesus Cristo.
O catequista torna-se assim um mediador entre o diálogo que Deus quer empreender com todos os homens. É uma pessoa que encontrou e aderiu a Cristo e à sua Palavra tornando-se, por isso, uma testemunha deste encontro e desta adesão. É um “mestre” que busca ajudar os outros homens, seus irmãos, a descobrirem e a conhecerem aquilo que Deus falou e quer e deles espera como resposta de amor: “que quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1 Tm 2,40). É um educador, que conduz cada pessoa a desenvolver o germe da fé baptismal, isto é, aquilo que cada um possui de melhor dentro de si, ou seja, Jesus Cristo, dom impresso pela graça baptismal.
O catequista é uma testemunha, capaz de santificar Cristo em seu coração e que está sempre pronto a dar razão da sua esperança a todos aqueles a pedirem. Isto torna-se, por assim dizer, uma tarefa ainda maior nos nossos dias, que imersos num contexto secularizado e de inversão de valores, exigem do catequista uma capacidade de incarnar no mundo a própria fé e de comunicá-la de modo convincente e crível, a fim de que os homens se possam libertar de tudo aquilo que é contrário à sua dignidade de filhos de Deus.
Como educador da fé dos seus irmãos, o catequista é devedor a todos do Evangelho que anuncia, ao mesmo tempo em que se deixa educar pela fé e pelo testemunho daqueles que catequiza
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